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2011 REVISTA ORGULHO - Orgulho
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“Os Jovens não viram a cara da AIDS”
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Em uma bate papo com a revista Orgulho, Roseli Tardelli esclarece os mitos e verdades sobre a o vírus da AIDS |
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Por Caio Moura |
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Roseli Tardelli é criadora da agência de noticias AIDS, www.agenciaaids.com.br, site que publica as principais notícias sobre o assunto, além de divulgar palestras e eventos. Sentada numa mesa de um café na cidade de São Paulo, Roseli discutiu sobre o vírus HIV e disse que a AIDS ameaça todo mundo, independentemente da preferência sexual. Depois da conversa com a revista Orgulho, ela foi conferir a peça “Depois daquela viagem”, baseada no livro de mesmo nome escrito por Valéria Piassa Polizzi. Roseli fez parte da produção da peça, que tem como tema principal a doença.
Como surgiu a agência AIDS?
Roseli Tardelli — Fui curadora do primeiro seminário sobre o vírus HIV do qual participaram ativistas, gestores, jornalistas e analistas para discutir sobre o vírus HIV. Então, no seminário, percebi que havia um hiato entre o que faz o ativista, o gestor e qual o papel da mídia. Então, conseguimos alguns apoios para fundar a Agência de Notícias da AIDS, que está no ar há sete anos.
O início do vírus HIV realmente foi com os homossexuais?
Sim, realmente o vírus começou com os gays nova-iorquinos, mas o vírus foi se estendendo ao longo dos anos e virou o que é hoje. Mas ao longo do tempo se cometeram muitos equívocos, como por exemplo, dizer que somente o grupo de risco era o dos homossexuais.
Hoje os bissexuais são mais suscetíveis de pegar AIDS do que os homossexuais?
Temos de parar com essa mentalidade que bissexuais ou homossexuais são grupos de risco, temos que apagar essa mentalidade. Hoje, ao se fazer sexo sem camisinha, seja gay, ou não, você corre o riso de pegar o vírus HIV.
Pode-se dizer que as mulheres pegam o vírus mais fácil do que os homens?
Não, todo mundo que está infectado, e tem a carga viral alta, pode ser um disseminador do vírus, mesmo que inconscientemente. Como eu disse, temos que parar com isso de mais mulher, mais homem ou mais homossexuais. O importante é se prevenir. Enquanto não tem cura para a AIDS é transar com camisinha.
Como a senhora analisa Santos, quando era chamada de Capital da AIDS?
As repostas para combater a AIDS no município de Santos foram muito boas, não só para a cidade, mas para o País inteiro. Teve muito gestor público em Santos que fez ótimos trabalhos em relação ao vírus HIV. A administração da Telma de Souza, quando foi prefeita da cidade, foi muito boa também.
A incidência do vírus entre os jovens aumentou muito. Que fatos podem ter levado a esse aumento?
Um dos principais fatores é que os jovens não viram a cara da AIDS, não sabem como o vírus cresceu além disso, falta campanha de prevenção para que os adolescentes se conscientizem a usar camisinha na hora da relação sexual.
Quais os efeitos colaterais dos remédios e por que o grupo das mulheres sofre mais?
As mulheres têm os efeitos colaterais dentro da patologia delas. Os homens também sofrem com os coquetéis, tudo mundo sofre com a AIDS.
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