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2011 REVISTA VENTURA - Ventura
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Prainha Branca: Paraíso escondido
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Local é a parada certa para aqueles que procuram boas ondas |
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Por Larissa Pimentel |
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Localizada na divisa entre Guarujá e Bertioga, a Praia Branca — ou Prainha Branca — é uma ótima opção para quem gosta de trilhas e aprecia praias tranquilas e ondas perfeitas. O caminho é pela Estrada do Guararu, seguindo até a Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana, a partir do Guarujá. No trecho, várias praias podem ser encontradas, a maioria em condomínios fechados, como as praias de San Pedro e Iporanga.
A Praia Branca tem o acesso menos restrito, mas não mais fácil. Para chegar, o visitante deve estar preparado para caminhar. Escadas no começo da trilha, bem conservada, com corrimões de madeira e cestos de lixo ao longo do caminho. No meio da caminhada, o piso muda. Em vez de escadas, chão de pedra como paralelepípedo. A mata é mais fechada e mesmo em um dia ensolarado não se consegue ter noção de como está o tempo fora dali. Ha muito barulho de animais, e varios mosquitos.
O caminho é estreito, com partes íngremes, que podem tirar o fôlego do visitante despreparado. A caminhada leva por volta de 30 minutos. No final, já se pode notar que existem moradores no local e algumas pousadas e campings para quem procura passar mais tempo no local.
Na chegada, a mata fechada dá lugar a uma praia com cerca de 300 metros de extensão, céu aberto, areia fina e mar agitado com muitas ondas.
O que também pode ser visto a primeira vista, do lado direito, são cadeiras e mesas de plásticos espalhadas na areia, em frente a um bar. Esse é o Larica´s Bar, o mais antigo do local, com 22 anos de existência.
O bar é construído com troncos de madeira e as telhas de palha dão um ar rústico que entra no clima do surfe. Do bar sai o som que embala os surfistas, um grande amplificador toca as mais diversas músicas no estilo surf music, é claro. Há também um palco, para os dias mais movimentados de temporada ao lado, uma mesa de sinuca, uma outra opção de distração para os frequentadores.
Marcilene Lemos, socia do local, conta que a maior parte do movimento é na temporada, de novembro até o carnaval. “Mas enquanto faz sol, ainda tem bastante gente”.
Quando o inverno chega o movimento é tão baixo que o bar chega a fechar durante esse período. Marcilene diz que o estabelecimento começou com a avó dela e foi passando de pai para filho. Hoje, quem toma conta do bar é ela, e da pousada que leva o mesmo nome que também pertence a sua família , quem gerencia é seu irmão Marcos.
A comerciante conta que assistência médica, educação, diversão os moradores buscam em Bertioga que é a cidade mais próxima.
Ela conta que a prainha é bem tranquila e sem perigos, e que só em época de muito movimento que eles se preocupam um pouco mais, por não conhecerem os turistas direito, mas que fora isso não tem o que se preocupar.
A pousada e uma das mais confortáveis do local, com piscina à disposição dos clientes. Louise Carvalheiro trabalha na recepção da pousada e diz que assim como no bar, a procura é sempre maior nas férias e no verão.
Louise, que se mudou há três meses para prainha, morava em Campinas. Ela diz que gosta do local, que é calmo e bastante tranquilo. As diárias custam R120,00, fins de semana por casal, com direito a café da manhã e R80,00 as diárias durante a semana, sem café da manhã.
Existem outras pousadas na prainha com os mais variados valores e alguns campings que ficam na faixa de R 25,00 a R 50,00.
Surfistas
Mesmo em dias de mar mais tranquilo, os surfistas podem encontrar ondas de boa formação que dão boa condição para a pratica do esporte. O que se pode encontrar na praia são muitos surfistas, alguns da região, como o engenheiro Pedro Guimarães, de 23 anos. Apesar de morar de frente para praia, no quebra-mar, em Santos, ele gosta de explorar praias diferentes com ondas mais desafiadoras como as da Praia Branca. “Sinto falta de não surfar com mais frequência”.
O veterinário Gustavo Creton, de 27 anos, mora em Jaguariúna, interior de São Paulo, diz que morou um ano na Austrália e conheceu a maioria das praias. “Lá, em algumas praias as ondas são melhores e maiores, mas as praias brasileiras são mais belas. Entre essas incluo a de Camburi”. O veterinário gosta de esportes radicais e como não pode praticar os esportes com a frequência que gostaria arrumou outras opções em sua propria cidade, como o wakeboard. Além deste, também pratica skate, mas não o tradicional, mas o longboard, que possibilita manobras de velocidade mais arriscadas.
Mulher de surfista
Quando estamos em praia mais distantes e com ondas de boa formação, logo podemos notar na areia as namoradas dos surfistas, sentadas, aguardando. Algumas têm a sorte de serem amigas de outras garotas.
Esse é o caso da secretária Fabiola Vagner, de 27 anos. Ela é casada com um surfista de fim de semana. “Não reclamo pois sempre quis um namorado surfista, e eu gosto de praia, mas as vezes é cansativo”.
Cansa porque o tempo demora para passar para quem está na areia apenas se “queimando”. Por isso, ela aconselha a ir preparada: “Sempre levar, algum livro, revista, MP3 ou Ipod carregados não esquecer do protetor solar e, no caso da Praia Branca, em que se tem fazer a trilha, o repelente é indispensável Toalha e lanche não podem faltar”.
Fabiola acompanha o marido mesmo em dias que o tempo não está muito bom, “Só não pode estar chovendo, por isso antes dele entrar no mar sempre aviso: ‘Se começar a chover olha para areia e veja se eu estou mandando você sair da água’.
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