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  2011 REVISTA VENTURA  -  Ventura

 
Cuidado com o ‘desestresse’
Psicóloga explica os cuidados que devem ser tomados antes de se aventurar
Por Elizabeth Soares
Regina Lopes Tavares, psicóloga especialista em desenvolvimento de competências e técnicas em vivências, concorda com Ana Claudia. Para ela, que há 20 anos se dedica a este trabalho e há 10 presta consultoria em recursos humanos, a transformação de um perfil não ocorre da noite para o dia, como num passe de mágica. E um fator preocupante nesse contexto é o possível despreparo das pessoas que desenvolvem o trabalho direto com as equipes nos ambientes naturais.


De acordo com a psicóloga, as atividades podem ser realizadas para “desestressar” os funcionários, mas é imprescindível a parceria com profissionais capacitados e que possuam experiência em treinamento de vivências ao ar livre. Os desafios impostos ao longo do passeio geram uma tensão que, se não tiverem o respaldo dos monitores, podem ter consequências sérias: “Se as técnicas não forem aplicadas com responsabilidade e conhecimento, podem desencadear desentendimentos entre os funcionários ou problemas comportamentais que terão o efeito inverso do esperado pela empresa”.


Regina também avalia que os empresários precisam ficar atentar para que, contaminados pelo imediatismo, não imponham aos funcionários a participação em determinadas atividades. “Este tipo de exigência submete algumas pessoas a situações que não querem vivenciar, o que pode ser considerado violência psicológica”.


Acredito que agora seja possível responder à pergunta que Ana Claudia não conseguiu. Talvez, o vírus da natureza não sobreviva muito tempo longe do ar puro e só contamine poucos. Destes, possivelmente quase todos forcem o bichinho submicroscópico a incubar por longos anos ou por uma vida inteira. Talvez, simplesmente o eliminem quando novamente inspiram o ar urbano.