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2011 PERFIL
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Mineira diferente
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Ela ganhou uma vaca quando fez 15 anos. Mineira de Alfenas, é sempre uma surpresa conviver com ela. |
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Por Bruna Corralo |
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Bruna Corralo da Quinta Barbosa
Uma Mariana diferente
Conheço muitas Marianas, mas nenhuma como ela. Sua aparência angelical pode enganar aqueles que não a conhecem tão bem. Não conheço outra Mariana que teve uma vaca, aliás não conheço ninguém que tenha ou tenha tido uma vaca. Muito menos outra garota que, em seu aniversário de 15 anos, tenha ganhado um bezerro, ou melhor, uma novilha. Também não conheço outra pessoa que vendeu sua novilha para tirar sua carta. E Mariana agora, aos 20 anos, é uma mulher.
Nenhuma das Marianas que conheço fala tanto como ela. Em sua fala, sua marca. Seu sotaque não nega a origem. É mineira, mas não é como toda mineira. Não gosta de queijo e também não gosta de doce de leite.
A culinária é seu hobby, faz pratos típicos. Uma delícia! Mas se quiser conquistá-la pelo estômago, ofereça um prato japonês. Ela não nega uma boa balada ou um barzinho com os amigos. Talvez daí venha seu apelido de adolescência: Ma da night.
Aos amigos é muito fiel e dedicada. Sempre está pronta pra ajudar. No trabalho é paciente e produtiva. Diagrama, escreve, atende. Mas no final do dia sempre bate uma canseira e ela solta, para a sua orientadora de estágio, quase se desculpando pelo ritmo mais lento: “Elãããine, tô mole.”.
O jornalismo é sua paixão. Por ele, ela largou família, amigos e veio para Santos. Em Santos conheceu a liberdade. Fez novos amigos. Mas quando a saudade bate, as lágrimas escorrem. Não tem jeito, nada melhor do que colo de mãe e pai. Mas saudades mesmo, ela sente do irmão, o “XU” como ela fala. E como fala dele!. Com olhos brilhantes. Não tem como não reparar.
Sua risada é marcante. Ela é sorridente, é estranho quando fica séria. Apesar de ser agitada, tem seus momentos calmos. Como os girassóis de seus olhos.
Natação é seu esporte preferido. Suas melhores experiências na Universidade foram com ele. Sempre participativa, se meteu na cobertura do Maria Lenk e se destacou.
Mariana é uma caixinha de surpresas. “Preciso de falar”, como ela mesmo usa, quando você pensa que ela não pode mais surpreender, ela pode. Mariana topa tudo e embarca nas minhas loucuras. Ah Mariana!
Talvez se seus antigos amigos ou familiares lerem essa descrição surgirá uma dúvida: será a Mariana, aquela menina que saiu de Alfenas em 2009? Não, ela não é mais uma menina, não é mais uma autêntica alfenense. Agora ela é um pouco santista. Até de time ela mudou. Ah, se seu pai, que é cruzeirense, souber disso!
Mas, calma. Essa Mariana, de quem falo mantém suas raízes. Continua com seu sotaque, gosta de música sertaneja, é religiosa e não esconde suas origens. Seus cabelos longos e platinados foram cortados. Agora ela exibe um penteado Chanel, que deixa revelar sua independência e segurança.
Essa é Mariana Terra, Terra como o planeta, que ela sonha conhecer. Podia descrevê-la nas quatro línguas que fala. Mas prefiro o bom português, simples e direto como ela.
Poderia também escrever um livro com suas histórias, mas prefiro manter em segredo e ser discreta como ela. Mariana. “Com a minha Mariana: moça lá de fora”. Este verso da música Adeus Mariana, que induziu sua mãe a lhe dar este nome, descreve perfeitamente o que ela é pra mim.
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