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Já pra rua!
Caminhadas podem beneficiar tanto os animais quanto os donos. Mas como nem sempre é possível, o jeito é procurar quem faz dessa atividade uma profissão
Por Mariana Borges
Fotos: Mariana Borges
Ter tempo para dar uma volta com seu bichinho de estimação está cada vez mais difícil? Na correria do dia-a-dia, esta atividade vai sendo deixada para depois. Motivos para sair com o seu amigo não faltam. Um passeio pode beneficiar tanto os animais quanto os donos. Mas como isso nem sempre é possível, tem gente que está fazendo desta necessidade uma profissão.

É o caso do estudante universitário Victor Gomes: “Minha tia tem dois cães da raça afegans e pagava para um rapaz do pet shop passear com eles uma hora por dia. Ela desistiu do rapaz porque desconfiou que ele os maltratava”, conta.

Ele assumiu os passeios e, das 7 às 8 da manhã, sai pela orla da praia de Santos com a dupla de machos Marchal e Carced. Atualmente, Gomes tem mais dois companheiros diferentes. “Levo também um vira-lata, o Bob, e um chow-chow, o Tobi, em horários diferentes”, explica.

Gomes conta que com os passeios ganha, em média, em média R 150,00 por dono. “Também já fechei com um senhor que vai me pagar R 300,00 para eu sair duas vezes por dia, durante 15 dias, com o seu cachorro”, conta entusiasmado. Ela acha que seria mais saudável se os donos saíssem com seus companheiros: “Na verdade, eles perdem este tempo de lazer e diversão, que poderiam passar com seus bichos”.

Segundo a especialista em comportamento canino, Sheila Niski, existem inúmeras razões para tornar o passeio destes animaizinhos parte da rotina diária. Um cachorro que só conhece a sua casa e as pessoas que moram com ele não é sociável. Cada vez que ele tiver de sair veterinários, viagens, vai ser um estorvo para os donos.

Passeios diários mudam o comportamento dos animais, tanto na rua quanto em lugares estranhos ou até a maneira como ele recebe visitas em casa. Um quintal grande não é motivo para não sair para passear com o seu amigo. Ele só corre e brinca pelo quintal quando estimulado, ou seja, quando alguém fica com ele jogando bolinha, fazendo-lhe companhia e correndo.

A falta de caminhadas pode tornar o cão hiperativo e destruidor. O cachorro tem uma energia quase inesgotável e, se ele não gastar pelo menos um pouco dessa energia nesse tipo de exercício, pode direcioná-la para outras atividades.