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Jornalismo no mundo virtual era restrito e falho
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As novas mídias geram mais e mais informação. O que para alguns especialistas pode alienar, para outros significa pluridade de sentidos e de expressões |
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Por Noemi Bragança |
Fotos: Noemi Bragança
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O Second Life pode até ser o futuro de jornalismo digital, mas ainda é restrito e falho. O Estado de S. Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a criar uma versão Second Lifeana: o Metanews. O Jornal do Brasil seguiu os passos. Mas pouquíssimas pessoas têm acesso a esse universo. Primeiro, porque é necessário um computador potente com uma internet de alta velocidade. Segundo, por qualquer motivo oculto à minha sapiência, os teletransportes, essenciais para a locomoção, funcionam ou não, dependendo da sorte ou de qualquer outra besteira astral que independa de lógica. Gastei quatrocentos reais em uma placa de vídeo aceleradora com suporte a 3D essencial para a utilização do Second Life, somente para que, depois de um mês de uso, o programa decidisse não conectar mais, inexplicavelmente.
Os técnicos vieram, firewalls foram desligados, programas de antivírus desabilitados, enfim, meu computador foi desnudado e exposto aos hackers e infelizes do planeta Terra. E nada. Todos esses detalhes da vida real estragam um pouco a ilusão do metaverso. Mas prossigo acreditando no potencial desse programa e na possibilidade de tornar-me uma jornalista ou pelo menos virtual, caso essas falhas sejam corrigidas. Ou, melhor, se conseguir de novo me conectar.
A corrida do ouro - Observar a movimentação comercial do Second Life é como viver uma versão high-tech da conquista do velho oeste americano. Há uma corrida em busca do pioneirismo, da inovação e de um espaço vital-virtual. Na nova conquista, ser o primeiro geralmente significa publicidade extra, já que jornais em massa divulgarão a novidade. Por esse motivo, a equipe de marketing do jornal O Estado de S. Paulo inaugurou, em 2 de julho de 2007, o primeiro jornal brasileiro dentro do Second Life, o Metanews. Lucas Pretti é o nome do jornalista responsável pela editoria de tecnologia do jornal. Lucca Pekli, alterego de Pretti, é o repórter-avatar do Metanews.
O jornal virtual é distribuído gratuitamente e é composto de 5 abas editorias diferentes: a capa editoria Mundo Real, que trata de notícias de tecnologia do mundo real Mundo Virtual, com notícias do próprio metaverso Divirta-se, eventos e atrações culturais no SL, e, por último, Classificados, onde qualquer residente pode anunciar de graça seus produtos. Mas, se o jornal é grátis e os classificados são grátis, de onde o jornal tira seu lucro? Da mesma forma que o Estadão Online: através da receita publicitária. Uma idéia antiga de roupa nova.
O Metanews é uma grande oportunidade para os candidatos a jornalista, pois aceita matérias de freelancers, por e-mail. Não paga nada por enquanto. Mas, segundo Lucas Pretti, no futuro, pagará um valor especulado em torno de R1,60 por produto texto e/ou foto. Parece pouco na vida real, mas em Linden é bastante.
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