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Bichos - Bichos
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Cães bagunceiros? Pode ser estresse!
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Se o seu cachorro rói o pé do sofá, arrebenta o seu chinelo e ainda suja a casa inteira ele pode estar sofrendo de estresse. Isso mesmo, estresse! Os cães também sofrem desta doença |
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Por Cláudio Gil |
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Dirceu, da raça border collie, era estressado. Ele morava num pequeno apartamento, e, na maioria das vezes, ficava sozinho. Com isso, começou a destruir objetos e a sujar os cômodos. Cansados, os donos acabaram doando-o a um pet shop.
O adestrador José Antonio Vieira Gonçalves soube da história e decidiu adotar e tratar Dirceu: “Adotei o Dirceu porque trabalho com adestramento e dentro disso existe um esporte chamado agility, que serve para tranqüilizar o cachorro”.
O agility surgiu em 1978 na Inglaterra, como entretenimento para o público que assistia ao Crufts Dog Show. O objetivo era distrair os visitantes. Baseado em provas hípicas, o agility consiste em fazer o cão percorrer um circuito de obstáculos, no menor tempo possível, e com o menor número de faltas.
Segundo Gonçalves, o agility, além de deixar o dono em forma juntamente com o cão, age como uma terapia anti-estresse. Os obstáculos são compostos por saltos em altura e a distância, passarela, rampa, gangorra, túneis, slalom zigue-zague e pneu. “Levei o Dirceu para praticar o agility e logo percebi que ele apresentou melhoras. Em pouco tempo, parou de aprontar. Com o agility, o cão extravasa toda a sua raiva e energia, e quando chega em casa fica calmo e tranqüilo”, diz o adestrador.
As aparências enganam
Taurus, o rottweiler de um policial, era um cão agressivo, até pela profissão do dono. Quando a mulher engravidou, o policial doou o animal, com receio do comportamento e do tamanho representarem perigo à criança. E mais uma vez o adestrador Gonçalves entrou em cena, adotando Taurus. Ele queria provar para o antigo dono que até mesmo um cão considerado bravo pode conviver com uma criança. Começou, então, a aplicar o adestramento básico. “Um cão mal-educado é desagradável, porque morde à toa, arrasta a gente na rua, suja a casa, late à noite, além de outras coisas perturbadoras”, diz Gonçalves.
Os itens básicos do adestramento são andar junto ao condutor, sentar-se sempre que o condutor parar, deitar-se sob comando, permanecer no mesmo lugar até novo comando e atender o chamado no primeiro comando. Agora o rottweiler de oito anos, além de ser cão de guarda, é um ótimo companheiro de Gonçalves.
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